(rascunhos)

hoje apetece-me dormir assim. assim… vestida, maquilhada, com o cachecol, o anel, o outro anel, pulseira, cinto, botas e tudo. se estivesse de mochila às costas também dormia assim, com ela. um pequeno prazer de aparências. vaidade, talvez. simplesmente cansaço com preguiça. uma curta-metragem. uma rapariga vulgar, no sentido normal, não ordinário. estudante. estudante universitária em Barcelona. sonha e fantasia tudo o que faz e acontece na sua vida. não vive o real mas o imaginário. cai no abismo da mente quando cai no real. horas telefónicas a discutir com os pais, não percebe os professores e não acredita nas suas aulas pois não concorda com as suas filosofias. não cria “amigos” de turma, cria amizades mas não acredita nelas. não desgosta deles mas acha-os tão sem graça. são emotivos mas de uma forma pragmática. amam e odeiam, não sentem de verdade simplesmente pensam que sentem porque é normal sentir! sentem porque toda a gente sente. sem conhecer o sentimento mas é dessa forma que acontece nos filmes e eles acreditam que têm de sentir o mesmo da mesma forma e assim se torna verdadeiro e humano. ela… ela sente de verdade. não tem certezas do que sente porque nunca viu em nenhum filme o que ela sente a toda a hora. (em falta)